quinta-feira, 31 de maio de 2012

Florescer





Assoma a face
Doce esperança
Canto feito de carinho
Vale ameno,
Barca ao vento toma as asas do sonho
E floresce à vida.




quarta-feira, 23 de maio de 2012

Caminhada




Senti o manto das sombras, quase transparente a infiltrar-se nos poros da alma para explorar os recantos escorregadios dos sentimentos.

Soprei as poças iluminadas que bruxuleavam e se encolhiam movidas pelo vento.

Ouvi o eco dos sons que flutuavam envoltos na penumbra enfeitiçados de silêncio.

Deixei, desarmada, a luz interior margear os contornos da vida diblar ausências, ofuscar dores para buscar reflexos  mágicos e se fazer esplendor.

Vi, perplexa e lisonjeada uma história de amor sem fim acender-se, criar anteparos e teimar em ficar.

Capturei com palavras desdobradas a delicadeza e a frágil sublimidade dos sonhos que não se apagam, mas se transformam para que o tempo vá devolvendo em lembranças.

Dei a cada instante, asas sutis, pedaços de céu, pátios encantados e na solidão abracei as dores, e fiz deste abraço paz que enlaça.

Andei pelos corredores da vida e aprendi.



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Essência



Ronda-me, segue-me a imagem de um sonho pertinaz.

Sem amarras, sem condições, canalizo o sonho na realidade que explode no meu peito.

Como sustentáculo e proteção, invisto na esperança e na essência vital que me acompanha.

Não ando pela vida com descuido, ela me apaixona.

Tento penetrar nos seus caminhos secretos, nos seus contornos e nas horas mágicas que flutuam como névoa à deriva para desenhar o meu cenário.

Posso sentir os pensamentos inquietos espiando nas sombras, mas posso sentir o alivio da brisa que passa sustentando e conduzindo as glórias passageiras e os laços que amarram quimeras  levando -as adiante  para infinito.

Procuro verdade e beleza, abro passagem nas brechas da mente, esvazio os sentidos - margem  indefinível entre a dança da vida e loucas esperanças - fecho os olhos e esqueço tudo.

Seguindo o curso persigo e devolvo ao sonho tudo o que o tempo tem para me dar.


sábado, 12 de maio de 2012

Minha homenagem ás Mães


Ouvi sons de mulheres que partem de madrugada e chegam depois do  anoitecer; ouvi rumores nas ruas de que há mulheres andarilhas em busca do que fazer; ouvi vozes quase sumidas em todas as filas; ouvi dizer que há homens que assumem lugares que a sociedade nunca lhes determinou que fossem seus; ouvi vozes roucas de mulheres chamadas de loucas porque de alguma forma foram obrigadas a tomar os lugares dos homens; ouvi os gritos de mulheres nas passeatas, nas manifestações, e seus pesares na política, na filosofia, nas artes, na sociologia, e em tantos lugares  quantos a humanidade inventou.

Por um momento fechei os olhos. Ouvi seus passos chegando diante dos meus olhos meios turvos no dia que ainda não estava nascendo.
Ouvi sua mão cortando o ar com suavidade; senti o calor da proximidade; percebi o aconchego; abracei e fui abraçado em uma viagem de retorno, desembaraço do tempo, um deslocamento no espaço que tem cheiro e mais do que afeto.

Tem amor de Mãe

(autor desconhecido)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Esperança



Esperança livre...

Como é suave e régia esta força, esta graça alada que nos enlaça e nos modela.

Escutamos o riso, e a vida, ouvimos.

Desenrolamos as sombras e com elegância, ajustamos os passos - o gesto conduz  o movimento.

Soltando nossas fantasias nos deixamos levar por este entusiasmo que faz desta dança, floreio, encanto e traz para o tempo o ímpeto do poder constante.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Fragilidade



A indômita coragem que conduz os passos salteia, escala as sombras do sonho e faz da fé ardente, régio campo de batalha.

E, como é suave se iludir, vestir a vida de uma tênue armadura e com desenvoltura fechar os olhos e esquecer- se de tudo.
A sombra desata e a ondular ligeira voa e pintada de amarelo, a cor na vida imprime.

Na euforia desvenda temores, busca tudo que poderia ser, trazendo no transbordo a vontade firme de acertar.

Presente e futuro desenham imagens emolduradas dentro do coração como um embrulho a ser aberto e dar a vida de presente.

O tempo espreme, modela o vento solto, chama acesa enrola e aperta, a nuvem sombreia e leva em segundo o seguro mundo.

Quedamo-nos.

Não somos tão fortes como imaginamos.
A fragilidade mora ao nosso lado, mas a esperar, ousamos.


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Além dos Fragmentos

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