Esta esperança que povoa o caminho,
Que de beleza inspira loucas e eternas fantasias
Que faz do amor insensato e eterno sentimento.
E, do tempo, infinita as horas.
Esta esperança que no peito passeia e vaga
Suspende a alma cheia de ufana glória,
Sopra a vida que o vento volteia e leva,
E do prazer, ebriado, sentimento, faz.
Esta esperança, companheira cega e constante,
Que enche de risos, as voltas e reviravoltas que a vida dá,
Fluída dança ao som das melodias
Tal qual céu de boemia, desnudando a luz do amanhecer.
Esta esperança que meu coração abriga
Que se tece, se veste, se enfeita em arrebatado festim,
Com retalhadas cores - doce aconchego,
Sem medo, sem ruído - quase em segredo...